17 ago Como genes contribuem para a Fratura por Estresse
Entenda como os genes podem contribuir para uma Fratura por Estresse.
Em um artigo publicado no Jornal Oficial do International Purine Club da Universidade de Liverpool, os pesquisadores identificaram com sucesso como determinados genes podem contribuir para a suscetibilidade de uma pessoa a lesões por fratura por estresse. Esta pesquisa fornece uma base para pesquisas adicionais para uma abordagem de saúde específica para esta lesão esportiva comum.
Uma fratura por estresse é uma fratura causada por fadiga do osso graças à pressão repetitiva. Ao contrário das fraturas normais, as fraturas por estresse resultam de traumas acumulados por esforço repetitivo, como correr ou pular. Graças a isso, as fraturas por estresse são lesões comuns em atletas e militares. O efeito do esforço repetitivo causa uma fusão de micro danos no osso. O corpo responde a isso através de um processo conhecido como ‘remodelação óssea’, no qual o osso danificado é removido e um osso saudável o substitui. A remodelação óssea ocorre continuamente através de nossas vidas e nos ajuda a manter nossos ossos saudáveis.
Professor de Anatomia e Biologia Celular, Jim Gallagher, e sua equipe do Instituto do Envelhecimento e Doença Crônica da Universidade teve como objetivo identificar a contribuição de um gene específico para lesões por estresse em dois grupos de voluntários formados por recrutas militares e atletas de elite. Os pesquisadores avaliaram a contribuição do gene específico, P2X7R, sobre os voluntários. Já foi comprovado que as mutações nesse gene estão associadas à baixa densidade mineral óssea da coluna lombar e à perda óssea acelerada em mulheres na pós-menopausa.
Nova área de pesquisa
O professor Jim Gallagher disse: “A predisposição genética para desenvolver uma fratura por estresse ainda é uma área de pesquisa relativamente nova e nossa compreensão dos riscos que predispõem os indivíduos a desenvolver uma fratura por estresse ainda é muito limitada.”
“O estudo descobriu que duas variações específicas dentro do gene estavam associadas a lesões por fratura por estresse em indivíduos saudáveis. Os mecanismos pelos quais essas variações podem influenciar o risco de fratura por estresse são desconhecidos, mas podem incluir diminuição da sensibilidade óssea à carga mecânica ou mudanças adversas”.
As descobertas são as primeiras a demonstrar uma associação entre lesão por fratura por estresse e variações específicas nos genes dos receptores purinérgicos. Este trabalho se baseia em pesquisas laboratoriais básicas ao longo de vários anos em que mostramos que os receptores purinérgicos são expressos em células ósseas e que eles regulam a resposta dos ossos ao esforço.
“Mais estudos com um grupo de voluntários maior é necessário para explicar os mecanismos de trabalho e nos ajudar a desenvolver medidas preventivas e tratamentos personalizados mais adequados.”
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Artigo originalmente publicado em Science Daily.
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